O Banco do Brasil tem elevado a cobrança de metas para níveis absurdos. Essa pressão desenfreada tem levado diversos funcionários ao adoecimento. Crises de ansiedade, depressão e Síndrome de Burnout estão entre os transtornos que acometem os bancários.
De acordo com relatos de gerentes de pessoa física e jurídica de todo o país, além da instituição aumentar abruptamente as metas de produtos (entre 20% a 40%), o cumprimento integral delas não é suficiente. Mesmo que o trabalhador alcance todos os resultados determinados, o BB não se dá por satisfeito e aumenta ainda mais a cobrança por produtividade.
Endividamento
O aumento das metas desconsidera o endividamento dos clientes, que também tem crescido de maneira significativa em nível nacional. Segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em abril, o percentual de famílias brasileiras endividadas foi de 78,5%. Além disso, o percentual de pessoas que se consideram “muito endividadas” subiu para 17,2% no mesmo mês. Dentre os endividados, 28,6% disseram já ter dívidas pendentes e 12,1% declararam não ter condições para quitar os débitos.
Nos últimos meses, as aberturas de contas no BB representaram menos de 5% do total. Ou seja, nesse contexto, é praticamente impossível que os trabalhadores consigam cumprir as metas estipuladas.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região repudia essa prática assediadora do Banco do Brasil. No começo do ano, a presidente Tarciana Medeiros afirmou que não iria “tolerar desrespeito, discriminação ou assédio de qualquer natureza”. Pois então, está na hora de sair da teoria!