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Assédio na Caixa: SEV Botucatu cobra metas abusivas de empregados de Avaré, Itatinga, Cerqueira e Itaí

04/09/2024

Bancos: Caixa Econômica Federal

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Na semana passada, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região recebeu denúncias de que a SEV Botucatu (Superintendência Executiva de Varejo), da Caixa Econômica Federal, tem cobrado metas absurdas dos empregados da região.

Segundo uma denúncia que chegou ao Sindicato e à AGECEF, a SEV tem exigido que os empregados simulem as vendas que fariam no dia, projetando as metas que deveriam ser alcançadas. Ao longo do dia, os funcionários são continuamente monitorados e pressionados a apresentar resultados referentes às simulações.

Além disso, outra denúncia revela que, em uma sexta-feira, a SEV determinou uma meta altíssima de previdência e, de maneira completamente irresponsável e assediadora, cogitou que os trabalhadores transmitissem ao vivo (em live) a captação dos clientes nessas vendas. Piorando a situação, também impediu que os funcionários encerrassem o expediente no horário habitual, determinando que eles fossem embora apenas quando atingissem os resultados. De acordo com relatos, os trabalhadores só foram liberados às 18 horas.

As cobranças abusivas foram feitas por videoconferências e atingiram os trabalhadores de Botucatu, São Manuel, Avaré, Itatinga, Cerqueira César e Itaí – as quatro últimas cidades fazem parte da base territorial da entidade.

Intervenção

O vice-presidente da AGECEF, Pedro Sérgio dos Santos Barbosa (Pepô), procurou o Superintendente Regional do banco para cobrar explicações sobre a situação. O Sindicato também já está em contato com o SR, cobrando o fim imediato da prática.

A entidade repudia a conduta assediadora da SEV. Infelizmente, as irregularidades relacionadas a cobrança de metas não param neste caso. Segundo o Sindicato apurou, além de serem obrigados a atingir níveis de produtividade inalcançáveis, funcionários da CEF também estão sendo submetidos a ranqueamentos. A prática configura assédio moral organizacional e viola a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que prevê, expressamente, desde 2011, a proibição de divulgação de exposição pública do ranking individual dos empregados.

Inclusive, o Sindicato ajuizou uma ação, no final de 2022, com pedido de tutela de urgência, para que a Caixa seja proibida de divulgar a chamada “vitrine”, resultados semanais das unidades, expondo os níveis de desempenho de cada um dos empregados. A ação ainda não foi julgada.

As metas inatingíveis e os ranqueamentos pressionam, constrangem e adoecem os trabalhadores. Por isso, assim como é demonstrado na cartilha produzida pelo Sindicato (veja aqui), o combate a esse assédio precisa ser diário!

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