O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região tem denunciado há meses a situação precária em que se encontra a maioria das agências da Caixa Econômica Federal. Problemas estruturais em telhados e forros, bem como no sistema de ar condicionado, expõem funcionários e clientes a riscos que jamais deveriam acontecer, principalmente se tratando do maior banco da América Latina.
Em 2024, ao longo de praticamente todo o ano, a entidade teve de intervir em diversos casos envolvendo problemas nos aparelhos de ar-condicionado das agências, seja pela falta de manutenção ou por serem obsoletos. Além disso, houve casos de infiltração, que causaram goteiras, danos a forros e destruição de móveis. Essas condições precárias não poupam ninguém. Escriturários, gerentes e até mesmo integrantes da Superintendência trabalham sob goteiras. Nos últimos dias, uma bancária de Taquarituba escorregou em uma poça de água formada por uma goteira. Apesar do susto e queda, felizmente, ela não se machucou.
Diante dessas situações inaceitáveis, que evidenciam que os problemas estruturais nas agências são crônicos, o Sindicato se reuniu com a Superintendência da Caixa e integrantes da área de logística. De acordo com eles, a empresa responsável pela manutenção das unidades não atuou como deveria e já está sendo devidamente multada. Por conta do processo de licitação, outra empresa irá assumir os serviços, porém, somente a partir do dia 1º de março. A entidade, por sua vez, questionou o fato de apenas uma empresa ser responsável por mais de mil agências.
Eles afirmaram que a CEF dispõe de recursos para realizar as manutenções e reformas necessárias e se comprometeram a resolver futuras demandas em até 48 horas.
Agudos
No dia 21, diretores do Sindicato e integrantes do SEEB-MA e do SEEB-RN – que estão em Bauru apoiando as manifestações da entidade – realizaram um protesto na agência de Agudos onde, por três meses, a Caixa negligenciou o conserto de seu sistema de ar-condicionado, expondo trabalhadores e clientes a condições desconfortáveis e insalubres, diante do calor intenso.
Surpreendentemente, no dia do ato, o ar-condicionado da parte interna da agência estava funcionando normalmente. Porém, no autoatendimento, o problema persistia. Por esse motivo, diretores da entidade solicitaram à direção que os terceirizados permaneçam na parte interna até que sejam solicitados por algum cliente.
Como forma de protesto contra o descaso da CEF, diretores distribuíram picolés à população e clientes. O Sindicato segue acompanhando as situações. É inadmissível que um banco que lucrou R$ 9,4 bilhões somente nos primeiros nove meses do ano passado economize em infraestrutura, comprometendo a segurança, integridade e bem-estar dos funcionários e clientes.