Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que 75,4% dos motivos de afastamentos acidentários (B91) de bancários da Caixa Econômica Federal são para tratamento de doenças mentais e comportamentais.
Os números foram apresentados no dia 26 de julho, durante a quarta mesa de negociações entre o movimento sindical e a direção do banco público. O tema do encontro foi “Saúde e condições de trabalho”.
Na reunião, a CEF afirmou que todos os funcionários que foram cobrados, inclusive no Saúde Caixa, por qualquer tratamento de doença relacionada ao trabalho (B91), devem pedir o ressarcimento. O banco se comprometeu a apresentar dados específicos sobre o tema em próxima reunião.
Funcionários do banco sofrem diariamente com políticas adoecedoras de cobrança de metas e incentivo a competição interna entre os trabalhadores, fazendo com que o foco do banco público se distancie do seu papel social e se volte apenas para a obtenção de lucros.
Sobre essa questão, a Caixa se comprometeu a não realizar mais feedbacks com caráter punitivo e dará retornos apenas com a ideia de contribuir para com o desenvolvimento dos funcionários.
Gipes
O banco público afirmou que divulgou os nomes dos trabalhadores responsáveis pelas Gerências de Filial de Gestão de Pessoas (Gipes), que voltarão a funcionar na próxima segunda-feira, 5 de agosto, após terem sido extintas em 2021.
Pedro Guimarães
O movimento sindical cobrou, mais uma vez, resposta em relação às acusações sobre Pedro Guimarães, ex-presidente do banco acusado de assédio sexual. Dois anos após as denúncias, nenhuma punição foi aplicada. A impunidade pode desencorajar novas denúncias e, assim, beneficiar os assediadores.
PCMSO
Foi solicitado o credenciamento de mais médicos e clínicas de saúde junto ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) para ampliar os atendimentos.
Equacionamento
Ainda durante a negociação, o movimento sindical entregou propostas para o equacionamento do déficit do plano REG/Replan, da Funcef, e pediu a criação de grupo de negociação entre a Caixa, a Funcef e os representantes dos bancários. No entanto, vale relembrar que a CEF afirmou para a FNOB (Frente Nacional de Oposição Bancária) que essa discussão não será solucionada durante a campanha salarial.
Próximas reuniões com a Caixa
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