Em fevereiro, três funcionários do Bradesco, que atuavam em cidades que integram as cidades atendidas pelo Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, foram desligados sem qualquer motivo.
Duas das bancárias demitidas trabalhavam em Duartina e Lençóis Paulista. Elas tinham mais de 10 anos de serviços prestados ao Bradesco. Já o outro funcionário que também foi desligado, atuava na agência de Itatinga, há pouco mais de um ano.
– Funcionários + filas
As demissões injustificadas ocorreram mesmo diante do gigantesco lucro líquido contábil de R$ 20,732 bilhões, em 2022. Apesar do montante representar queda de 5,5% em relação a 2021, o Bradesco não possui motivos para desligar tantos funcionários.
O banco encerrou o ano passado com 88.381 empregados, com abertura de 1.107 postos de trabalho em doze meses. No mesmo período foram encerradas 83 agências e 91 unidades de negócio, totalizando, ao final 2022, 2.864 agências e 897 unidades de negócios.
Embora o saldo positivo de abertura de postos de trabalho, o total de clientes aumentou em 3 milhões no período, totalizando 77,1 milhões. Ou seja, a carteira aumentou, mas o número de trabalhadores não seguiu esse processo e, nem de longe, é suficiente para atender toda demanda.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região já ofereceu apoio aos demitidos em questão. A entidade defende o fim das demissões imotivadas e o aumento no número de contratações, bem como, a interrupção imediata da transformação das agências em unidades de negócios.