O Itaú demitiu uma bancária que atuava no banco há 14 anos, após ela não alcançar a certificação Anbima CPA-10. A trabalhadora não teve uma segunda chance para fazer a prova e foi desligada com a justificativa de performance.
A bancária fez a prova no meio de 2022, quando passava por problemas pessoais (de conhecimento do gestor), não obtendo sucesso na avaliação. Foi encaminhada para o Programa Fique OK, que oferece consulta psicológica, e recebeu medida orientativa disciplinar do banco, que estipulou um prazo para ela obter a certificação.
Diferentemente da justificativa do banco, segundo o próprio feedback do gestor, a bancária entregou todas as metas e resultados, mas por questão de ‘ética inegociável com o cliente’, ela não poderia estar atuando na função.
Resolução do Banco Central exige o certificado apenas para as atividades “de distribuição e mediação de títulos, valores mobiliários e derivativos”. Entretanto, o Itaú define no termo de responsabilidade – assinado pelos trabalhadores – que o empregado não pode exercer atividades de “comercialização de produtos de investimento diretamente junto ao público investidor”.
Novas medidas
No final do ano passado, o Itaú informou novas medidas com relação às certificações Anbima. Confira:
- Trabalhadores que fizeram a prova e não passaram terão 60 dias para obter a certificação;
- Trabalhadores que não fizeram nenhuma tentativa, serão advertidos e terão os mesmos 60 dias para obter a certificação.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região repudia a atitude do Itaú em punir a trabalhadora que, por problemas pessoais, não alcançou a certificação, e justificar seu desligamento com inverdades.
Caso algum bancário tenha problema semelhante ao relatado, a entidade está à disposição para atendê-lo, através do Departamento Jurídico: (14) 99868-4631.