O Banco do Brasil começou a convocar os funcionários do grupo de risco, exceto as gestantes, para o retorno ao trabalho presencial. A medida foi colocada em prática sem nenhuma negociação com o movimento sindical.
Segundo o banco, a volta está sendo gradativa, observando os percentuais mínimos de 50% (novembro), 75% (primeira quinzena de dezembro) e 100% (até o final de dezembro). Ainda de acordo com o comunicado, todos bancários deverão completar o ciclo vacinal contra a Covid-19.
Fiocruz
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) procurou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para questionar se a medida do BB, em convocar funcionários do grupo de risco, estava correta. Diante da questão, a Fiocruz afirmou que as pessoas de grupo de risco poderiam voltar ao trabalho presencial, no atual cenário da pandemia, mas mediante a orientação de um médico assistente.
Após essa resposta, integrantes do Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), durante reunião, cobraram um posicionamento da direção do banco,
Além disso, os representantes dos trabalhadores alertaram que o Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial, que proíbe descomissionamentos por produtividade enquanto durar a pandemia, deve continuar sendo cumprido. O Acordo também prevê anistia de 10% do saldo total de horas negativas a compensar e prazo de compensação de horas negativas de 18 meses.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região denuncia que apesar do Banco do Brasil ter divulgado esse comunicado, ele mesmo não respeitou a convocação gradativa, pois todos os trabalhadores que estavam em home office foram chamados para retornar ao trabalho presencial na próxima segunda-feira, 29, dia em que o banco também retornará ao seu horário de funcionamento normal, das 10h às 16h.
Para a entidade isso é um erro, pois não houve tempo para esses trabalhadores se adaptarem a nova realidade. Além disso, como se tratam de pessoas que fazem parte do grupo de risco, cada caso deveria ser analisado individualmente, respeitando o nível de gravidade da comorbidade.
Ação no RS
O Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Sul ganhou na Justiça uma ação coletiva contra o Banco do Brasil, que pedia justamente para que fosse suspenso o retorno dos funcionários do grupo de risco ao trabalho presencial. A entidade alegou que o banco estava descumprindo o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) relativo à pandemia.
O Sindicato está a disposição para fazer esta discussão na nossa base, caso alguém tenha interesse, através do WhatsApp: (14) 99868-4934.