Na mesa de negociação com a Fenaban, a Contraf não conseguiu fazer com que o teletrabalho fosse regulamentado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Os bancos apenas comprometeram-se a manter o home office até o fim da pandemia do coronavírus, sendo que alguns deles já sinalizaram que tratarão do assunto em seus acordos coletivos específicos (ACT), não por meio de acordos individuais.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, há diversos pontos relativos ao teletrabalho que deveriam estar na nova CCT, padronizando o controle da jornada, o ressarcimento de custos e a disponibilização da mobília adequada ao trabalho. Foi um erro deixar de incluir essas questões na convenção.
Itaú
No mês passado, o Itaú definiu a extensão do teletrabalho até o final de janeiro de 2021 e a reabertura de agências para diminuir o fluxo de pessoas nos locais.
Apesar do ponto positivo em manter o home office, o Itaú errou em uma orientação para os bancários que estão trabalhando nessa modalidade, divulgando um comunicado interno sugerindo que os funcionários não permitam que seus familiares usem a internet durante o expediente, a fim de não sobrecarregar o sistema. Absurdo!
Os bancários que estão em trabalho remoto provavelmente estão convivendo o dia inteiro com seus filhos, que também precisam utilizar a internet para assistirem às aulas online, assim como com os seus parceiros, que podem, igualmente, estar trabalhando em casa.
O Itaú não quer sobrecarregar o sistema, mas quer sobrecarregar os bancários com metas abusivas e prazos absurdos, que não condizem com realidade pandêmica. Mais compreensão, Itaú!