Depois de ter proposto a redução, de três para um, do número de ciclos avaliatórios negativos necessários para descomissionar funcionários, o Banco do Brasil apresentou a representantes do movimento sindical, na reunião de ontem, 17, mais algumas propostas para alterar o seu acordo coletivo de trabalho:
- Intervalo intrajornada para funcionários de seis horas: o banco quer ampliar o intervalo de 15 minutos para até 30 minutos, com registro no ponto eletrônico, sendo que o tempo utilizado no intervalo terá de ser compensado no fim do expediente;
- Abono-assiduidade: o banco quer proibir a acumulação e a possibilidade de venda dos cinco dias de folga do abono-assiduidade para os funcionários admitidos após 1998;
- Folgas da Justiça Eleitoral: o banco quer ampliar de 2 meses para 6 meses o prazo para os funcionários usufruírem as folgas adquiridas em razão de trabalho para a Justiça Eleitoral;
- Descanso de 10 minutos a cada hora: o banco quer acabar com o descanso de 10 minutos a cada hora trabalhada para os funcionários do autoatendimento;
- Ponto eletrônico nas subsidiárias: o banco que implantar o ponto eletrônico para os funcionários da BB Seguridade, da BBDTVM e outras subsidiárias do banco.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o BB está querendo implementar a pauta do governo Bolsonaro, que quer reduzir salários e direitos dos trabalhadores de empresas estatais. E o pior é que a Contraf, diante disso, não tem sequer cogitado a paralisação de agências, falando apenas que “a luta [para barrar as alterações prejudiciais aos funcionários] vai ser toda por meio da atuação nas redes sociais”.
(Foto: Último protesto no BB antes da pandemia, em fevereiro deste ano, contra os descomissionamentos e o desmonte do banco)