Na última sexta-feira, 14, a Contraf discutiu com o Banco do Brasil questões relativas a saúde e condições de trabalho. A discussão foi mais um capítulo da campanha dos bancários para a renovação da convenção e dos acordos coletivos. Segundo a entidade que representa os trabalhadores, “a cobrança de metas abusivas e a Gestão de Desempenho Profissional (GDP) foram os temas que geraram o maior debate na mesa de negociações”.
Isso porque o BB quer alterar a cláusula 49 do seu acordo coletivo para facilitar o descomissionamento. Atualmente, são necessários três ciclos avaliatórios negativos para o empregado poder ser removido de sua função, mas o BB quer reduzir esse número para tirar a comissão do empregado depois de apenas um ciclo avaliatório negativo.
O banco alega que a medida é para trazer isonomia de tratamento entre os funcionários, já que os gerentes gerais podem perder a comissão após um ciclo negativo.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o BB deveria implementar a isonomia ampliando o número de ciclos negativos para os GGs. Todo trabalhador está sujeito a períodos ruins no trabalho, na vida pessoal, o que não significa que seja um mau trabalhador, merecedor de punição.
Metas e assédio
O banco também foi questionado sobre o uso da cobrança de metas como forma de assédio. Em resposta, afirmou que “repudia qualquer tipo de assédio e que a prática não é tolerada no banco”.
Quanto a esse ponto, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região destaca que as denúncias sobre elevação de metas durante a pandemia têm se tornado mais comuns. A entidade é contra a imposição de metas. Entretanto, elas ainda existem e há muitos gestores que não têm o mínimo tato para cobrá-las dos funcionários. É preciso saber falar. É preciso respeito.
Próximas reuniões
As próximas reuniões com o BB acontecem na tarde de hoje, 17, sobre “Igualdade de Oportunidades e demais Cláusulas Sociais”, e sobre questões relacionadas às medidas de prevenção à covid-19.