No início do ano, antes da pandemia, o Banco do Brasil tinha 257 funcionários (0,3% do total) em home office; agora, tem 32 mil trabalhando de casa (34,4% de seu quadro). De acordo com uma reportagem publicada ontem, 7, pelo jornal O Estado de S. Paulo, essa mudança “vai se traduzir em uma economia de R$ 1,7 bilhão em 12 anos, com a devolução de 19 de um total de 35 edifícios de escritórios que o BB hoje ocupa em sete Estados e no Distrito Federal”.
De acordo com o jornal, a redução de espaço será profunda e vai afetar as grandes áreas corporativas, deixando de lado, por enquanto, as agências ou os pequenos escritórios. O vice-presidente corporativo do banco, Mauro Ribeiro Neto, afirma que, mesmo depois que a pandemia estiver controlada, cerca de 30% dos funcionários vão continuar a atuar parcialmente em home office.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região concorda com o trabalho remoto neste momento de pandemia, apesar de saber que há vários problemas a serem solucionados: os funcionários estão tendo de custear tudo e o banco não está oferecendo condições ideais de trabalho — além de negligenciar a questão da ergonomia, até já se negou a emitir CAT para um funcionário que sofreu acidente de trabalho em sua casa.
Porém, no período posterior à pandemia, o Sindicato só vai concordar com o home office se o modelo for regulamentado por meio de acordo coletivo, com todos os direitos garantidos.