O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última sexta-feira, dia 6, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de agosto. O INPC é o índice que serve de base para os reajustes salariais no Brasil.
Como em agosto o índice registrou alta de 0,12%, o acumulado em 12 meses totalizou 3,28%. Sendo assim, e somando o aumento de 1% estabelecido na Convenção Coletiva de Trabalho 2018-2020 dos bancários, a categoria terá reajuste de 4,31% nos salários, na PLR e em todas as demais verbas definidas pela CCT. Este ano, os bancários não tiveram campanha salarial, já que no ano passado foi assinado um acordo bianual.
Em Bauru, durante assembleia realizada em 2018, os bancários e o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região defenderam a rejeição do acordo. No entanto, o acordo foi assinado pois nacionalmente, foi aprovado pela maioria dos sindicatos da categoria.
Para o Sindicato, embora o reajuste desse ano seja ruim frente a lucratividade dos bancos e o acordo de dois anos limitar a organização frente reestruturações em bancos públicos e privados, o cenário pode piorar. “O governo Bolsonaro pretende fazer uma reforma sindical para acabar com os sindicatos e as convenções coletivas nacionais como a dos bancários. Basta lembrar que o presidente já fez medida provisória tentando, sem sucesso, impedir o desconto sindical na folha de pagamento”, afirma Paulo Tonon, bancário do Banco do Brasil e diretor do Sindicato de Bauru.
Novos valores
Com o reajuste, os novos pisos de caixa e tesoureiro após a experiência sobem para R$ 3.244,55. O valor do vale-refeição passa a ser R$ 36,69/dia e o vale-alimentação de R$ 636,18/mês.
Além das cláusulas econômicas, a Convenção Coletiva dos bancários possui mais de cinquenta cláusulas que regulamentam benefícios além da CLT. Confira na tabela abaixo os novos valores previstos.