Via Oposição na CASSI
Na segunda-feira, dia 22, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) instaurou o Regime de Direção Fiscal na Cassi.
A Oposição na Cassi explicou a instauração desse regime:
1 – É uma vergonha que, com lucro de 12,8 bilhões em 2018, o BB deixe o plano de saúde de seus funcionários sem reservas financeiras. O lucro do banco só existe em virtude dos funcionários, e a mesquinhez do BB com nossa saúde tem que ser denunciada.
2- O atendimento da Cassi e o pagamento a fornecedores permanece inalterado durante o regime de direção fiscal.
3- Durante esse regime especial, a ANS não destitui a diretoria da CASSI, muito menos terá o poder de mudar seu estatuto. Neste período, a ANS acompanhará a questão financeira da CASSI. Cabe salientar, que nossas informações se baseiam em exemplos REAIS de intervenções: GEAP e Caixa de Assistência dos Funcionários do BASA. Nenhum deles parou de funcionar ou teve sua carteira alienada.
4- Temos visto cenas lamentáveis de colegas que defenderam a última proposta tentarem culpar quem votou “não” pela situação de direção fiscal da ANS. Votamos não porque a proposta previa a quebra da solidariedade, o aumento da contribuição dos associados, ao mesmo tempo que mantinha dos valores já praticados pelo patrocinador e aumentava o poder de gestão do Banco. Nós reafirmamos que o responsável direto pela ação da ANS é o Banco do Brasil com sua política de arrocho salarial, retirada de direitos (anuênios, interstícios de 12 e 16%), descomissionamentos, fins de postos de trabalho, reestruturações permanentes, agravamento nas condições de trabalho acarretando maior nível de adoecimento entre os colegas do BB nas últimas décadas. Ações que impactam diretamente a nossa Caixa de Assistência.
5- O regime de direção fiscal comprova que o aumento da coparticipação aprovado pela “turma do Satoru” além de prejudicar os funcionários, não resolve a situação da Cassi, apenas comprovando como, na prática, essa turma apenas representa os interesses patronais na gestão da Cassi.
6- Cabe ressaltar que não há garantia nenhuma de que a ANS irá “sanear” a Cassi. A ANS é uma agência reguladora, que tem seus membros indicados pelo Governo Federal. Não confiamos nesse órgão. A mediação dessa agência pode buscar impor padrões “de mercado” na ANS e entendemos que isso não atende aos usuários da Cassi.
7- Não existe intervenção na Cassi, existe uma direção fiscal. Ao invés de espalhar o terror entre os trabalhadores, como alguns setores têm feito, devemos urgentemente mobilizar os funcionários para que o BB negocie a situação da Cassi e fazemos um chamado a que todos as entidades representativas dos associados convoque um Encontro Nacional de Saúde para discutirmos propostas e organizamos nossa luta em defesa de nossa Caixa de Assistência.