O governo divulgou no último dia 28 os números de janeiro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged): no primeiro mês de 2019, o Brasil criou 34,3 mil empregos formais, 56% a menos que no mesmo período do ano passado.
Dentre os vários dados disponibilizados pelo Caged, um dos mais curiosos foi o número de vagas criadas pelo setor bancário: seis. Sim, os bancos brasileiros abriram apenas seis postos de trabalho em janeiro.
Em 2018, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander lucraram, juntos, R$ 73,2 bilhões (12,8% a mais que em 2017). A Caixa Econômica Federal, que completa a lista dos cinco maiores bancos do país, ainda não divulgou seu resultado.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o setor mais lucrativo da economia tem todas as condições de gerar mais empregos e contribuir para amenizar o desemprego no Brasil e, principalmente, a situação de descalabro que se vê nas agências.
Os bancários estão entre as maiores vítimas de adoecimento por causa do estresse no ambiente de trabalho. A verdade é que faltam funcionários para dar conta não apenas do atendimento ao público, mas para fazer tudo o que bancos exigem deles. A sobrecarga de trabalho e a pressão pelo cumprimento de metas abusivas – que muitas vezes se manifesta na forma de assédio moral – são a regra nos bancos. Ainda há muito o que melhorar.