Em 29 de outubro, dia seguinte à eleição de Jair Bolsonaro, o Banco do Brasil anunciou mais uma de suas reestruturações. Desta vez, a instituição está cortando 127 vagas, das quais 61 já estavam desocupadas. Assim, 66 funcionários serão atingidos (31 são de São Paulo e os 35 restantes estão distribuídos por Brasília, Belo Horizonte e Curitiba).
Segundo a Diretoria de Gestão de Pessoas (Gepes), esses bancários terão 30 dias (até 29 de novembro) para tentar uma realocação, tendo também prioridade na escolha de novas vagas em departamentos e na rede de agências. Eles permanecerão no sistema do banco como “excedentes”, sem serem descomissionados.
Após os 30 dias, aqueles que não conseguirem reposição de vaga passarão por um processo de promoção através do banco de Talentos e Oportunidades (TAO). Os que perderem a função vão receber a Verba de Caráter Provisório (VCP) por 4 meses, a partir de 3 de dezembro, bem como a PLR integral deste segundo semestre e o 13º salário.
Bauru
Os bancários de Bauru também estão sendo vítimas dessa reestruturação. No último dia 17, foi anunciado o fechamento da Superintendência Estadual Oeste a partir do dia 2 de janeiro de 2019.
A consequência imediata disso, é que os 24 analistas lá lotados, precisam escolher entre mudar para São Paulo ou Ribeirão Preto para não terem seus cargos retirados. Até o fechamento desta edição, 9 trabalhadores optaram pela mudança de cidade.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, está à disposição dos bancários que optarem por permanecer na cidade e irá cobrar do banco a prioridade para os descomissionados em futuras nomeações ou até mesmo em eventuais ações individuais para manutenção salarial conforme previsto na Constituição. “Não se iludam! Esse desmonte do banco é sua preparação para a privatização”, afirma Paulo Tonon, funcionário do Banco do Brasil e diretor da entidade.