Constantemente tentam nos vender a ideia de que a CLT está obsoleta. Para rebater a ilusão de que atuar como autônomo é melhor do que atuar como assalariado, a Folha de S.Paulo encomendou alguns cálculos a Silvia Franco, “planejadora financeira certificada pela Planejar (associação do setor)”. A intenção do jornal era fazer uma comparação entre os ganhos dos dois tipos de trabalho.
De posse dos cálculos (veja as projeções na tabela ao lado), a Folha publicou no último dia 15 uma reportagem mostrando que, de fato, os assalariados pagam mais imposto, mas, em compensação, contam com benefícios inexistentes para os autônomos. Os números apresentados pela planejadora financeira revelam, segundo o jornal, que “o trabalhador com carteira assinada que deseja partir para uma carreira como autônomo precisa faturar o dobro por conta própria para manter o mesmo salário e os benefícios equivalentes de quando era celetista”.
Para o Sindicato, essa pesquisa reforça o entendimento de que a CLT garante mais qualidade de vida aos trabalhadores. “O trabalhador esquece que, atuando como autônomo, tem de arcar com o que a empresa arcaria se ele fosse celetista”, lembra Paulo Tonon, diretor do Sindicato.
No primeiro turno, o Sindicato recomendou que os bancários não reelegessem candidatos que votaram pela reforma trabalhista e pela terceirização irrestrita. Jair Bolsonaro, agora no PSL, votou a favor da reforma trabalhista e se absteve na votação da terceirização. No segundo turno, a posição da entidade não poderia ser diferente: quem votou contra os trabalhadores não merece nosso voto!