Bancários na Luta nº 43
10/10/2018
A campanha salarial dos financiários (categoria cuja data-base é 1º de junho) foi interrompida após a segunda rodada de negociações, ocorrida no dia 12 daquele mês. Na ocasião, a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) já havia se comprometido a repor a inflação (1,76%) e a manter todas as cláusulas econômicas da convenção coletiva da categoria.
A Contraf/CUT só voltou a negociar com os representantes das financeiras no dia 18 de setembro, quando eles propuseram reajuste de 3,09% para os salários e demais verbas (auxílios, gratificações…), inclusive para a PLR.
A Contraf e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, entre outros, até chegaram a divulgar esse número em seus sites, bem como as datas para as assembleias de avaliação da proposta. Mas, sem nenhuma explicação, retiraram as notícias do ar.
Somente no último dia 1 é que deram a novidade: o índice de reajuste caiu para 3% e a cláusula que regulamentaria o trabalho aos finais de semana (para quem faz concessão de créditos e financiamentos em lojas e concessionárias) foi retirada da minuta da CCT para ser melhor discutida ao longo do ano que vem, a partir de maio.
Assim como fizeram com os bancários, os pelegos cutistas negociaram, mais uma vez, uma CCT bianual (no ano que vem o reajuste será o INPC acrescido de 1%), aceitaram que as financeiras descontem das eventuais condenações judiciais por comissionamentos irregulares as comissões já pagas e, por fim, embutiram na CCT a tal “taxa negocial” de 1,5% (o novo imposto sindical) a ser descontada de todos os trabalhadores.
Assembleia
Nesta segunda-feira, dia 15, a partir das 17h30 horas, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realiza assembleia para que os financiários deliberem sobre a assinatura da nova convenção coletiva. O Sindicato considera a proposta insuficiente.