Após o péssimo acordo bianual de 2016 – que representou a desmobilização da nossa categoria enquanto o governo Temer aprovava a reforma trabalhista e a Lei das Terceirizações – agora a Fenaban propõe um acordo único para os próximos quatro anos.
A assinatura de um acordo de dois anos, defendida pela Contraf/CUT, foi um crime contra a categoria bancária, já que na sequência da assinatura o Banco do Brasil, por exemplo, fechou mais de 600 agências no país, junto com um processo de descomissionamento inédito em quantidade e em injustiça.
Para os empregados de bancos privados, o acordo bianual também foi péssimo, afinal a reposição da inflação de 2017 não compensou o aumento real do custo de vida. Além disso, sem uma campanha salarial em 2017 os banqueiros intensificaram o assédio.
Na Caixa Econômica Federal, houve redução de 7 mil postos de trabalho nesse período. A consequência é que aumentou o caos dentro das agências, gerando uma sobrecarga de trabalho descomunal.
Por tudo isso, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região defende o acordo anual, como era feito até 2016. “Se o banqueiro gosta e a Contraf/CUT negocia, não é bom para os bancários”, afirma Paulo Tonon, funcionário do BB e diretor da entidade.
(Bancários na Luta nº 36)