Os financiários, cuja data-base é 1º de junho, ainda estão em campanha salarial, ou seja, ainda estão negociando a sua nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi).
A última notícia referente às negociações é de 12 de junho, quando aconteceu a segunda reunião com a federação que representa as financeiras. Na ocasião, a Fenacrefi garantiu, além da reposição da inflação (de 1,76% pelo INPC), a ultratividade da convenção coletiva. Isso significa que a CCT 2016-2018 continua valendo até a assinatura de uma nova. A Fenacrefi também garantiu a manutenção de todas as cláusulas econômicas.
Ainda de acordo com essa notícia de 12 de junho, a terceira rodada das negociações ocorreria na primeira semana de julho, quando seria discutido o “aumento real” para os salários e demais verbas, como vales, auxílios, PLR… No entanto, já estamos no fim do mês e nada de novo foi divulgado.
Segundo a Contraf, “os trabalhadores querem a reposição total do INPC mais 5% em razão dos altos resultados das financeiras no primeiro semestre”.
O que mais foi discutido em 12 de junho
A mesa ainda discutiu ajustes na cláusula da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no sentido de contemplar questões fiscais, de forma a abranger o exercício do ano, mas sem causar impacto nos valores a serem pagos aos trabalhadores.
Os representantes do movimento sindical também reivindicaram a inclusão de uma nova cláusula na CCT para abranger os trabalhadores que concedem créditos nos finais de semana em lojas e concessionárias. Segundo os representantes da patronal, são 54 as empresas que têm financeiras e que seriam abrangidas.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, nada mais justo que esses empregados que prestam serviços financeiros inclusive nos finais de semana tenham direito a todas as conquistas da CCT dos bancários e sejam devidamente remunerados pelo trabalho aos sábados, domingos e feriados.
“A Contraf-CUT parece que esqueceu a data-base dos financiários. Ao aceitar a reposição da inflação e acordar um termo que renovou o acordo anterior, parou de propor iniciativas para resolver de forma rápida nossa Campanha Salarial. Um verdadeiro descaso!”, afirma Michele Montilha, funcionária da BV e diretora do Sindicato.
(Bancários na Luta nº 35)