A terceira rodada de negociação entre a Contraf e a Fenaban aconteceu na última quinta, dia 19, e tratou de saúde e condições de trabalho.
O único avanço obtido na reunião refere-se à cláusula 33 da CCT, que trata de procedimentos especiais de segurança bancária: a Fenaban concordou em estender para os bancários vítimas de extorsão mediante sequestro (e não somente sequestro consumado, como é hoje) o direito a atendimento médico e psicológico, ao registro de boletim de ocorrência (com sua inclusão nos dados estatísticos) e à avaliação de pedido de realocação.
Sobre todas as demais reivindicações, que abrangem fim do assédio moral, das metas abusivas e das dificuldades impostas ao tratamento dos adoecidos em função do trabalho, a Fenaban “ficou de analisá-las”.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região acredita que essa enrolação da Fenaban em apresentar propostas para as pautas tem que acabar! O respeito pela saúde dos trabalhadores e por tantos outros direitos não pode esperar!
Banco do Brasil
Na segunda rodada de negociação com o BB, no dia 13, o banco se comprometeu a renovar todas as cláusulas de benefícios do acordo coletivo (sobre ausências legais, auxílios do PAS, isenção de tarifas, licença para acompanhar pessoas enfermas etc.).
Caixa
A segunda reunião aconteceu na última sexta, dia 20. O banco não aceitou registrar nenhuma garantia contra as novas leis trabalhistas e afirmou que irá seguir a regra de PLR da Fenaban. Alegou também que não tem autorização do pagamento da PLR social.
A direção do banco informou ainda que o limite da soma da PLR está limitada pelo governo. A regra mencionada seria 25% do que for pago de dividendos no tesouro. Com base nos últimos anos, fica em 6,25 % do lucro líquido.
Além disso, a Caixa não garantiu a abrangência do Acordo Coletivo de Trabalho para todos os empregados e não assinou o pré-acordo de ultratividade. Negou ainda o fim do Caixa Minuto e novas contratações.
Para o Sindicato, os bancos estão aproveitando da letargia da Contraf-CUT nas mesas de negociações e enrolando os bancários.
(Bancários na Luta nº 35)