De acordo com uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Economia e Estatística (Dieese), o salário mínimo, que atualmente é de R$ 954, deveria equivaler a R$ 3.682,67 em fevereiro.
Essa estimativa representa o valor do salário que atenderia as necessidades básicas de uma família, como estabelecido na Constituição: moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social. Além disso, também leva em conta o valor da cesta básica mais cara entre as 27 capitais.
Ainda segundo a pesquisa, o trabalhador que recebe o salário mínimo atual comprometeu, em fevereiro, 43,79% para adquirir os mesmos produtos que, em janeiro, demandavam 44,21% e, em fevereiro de 2017, 44,25%.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, em vista disso, a reivindicação da Contraf/CUT de 8% de reajuste é uma piada. O piso da categoria bancária, hoje, é de pouco mais de R$ 2 mil. Ao reivindicar um índice tão rebaixado, as perdas salariais acumuladas no governo FHC são esquecidas e os bancários não têm a recomposição que merecem.
Na realidade, diante da lucratividade dos banqueiros, a reivindicação até mesmo do piso do Dieese é pouco.