Na última sexta-feira (29), aconteceu a primeira rodada de negociação da Campanha Salarial 2018 com o Banco do Brasil. Apesar do banco afirmar estar disposto a negociar sobre alguns dos pontos da pauta apresentados, ele manteve a intransigência de não debater sobre a Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil) na mesa de negociação, defendendo um fórum específico para isso e afirmando que precisa cumprir as resoluções da CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União).
Relembrando, a Resolução nº 22 estabelece novas regras de governança para os planos de saúde autogeridos pelas estatais federais, e a Resolução nº 23 estabelece novas regras para o custeio dos benefícios de assistência à saúde oferecidos por essas empresas. Entre outras coisas, as resoluções impõem um limite, em relação à folha de pagamento, para o custeio dos planos de saúde da modalidade autogestão. Também estabelecem que a contribuição da empresa estatal para o custeio do benefício não poderá exceder a contribuição dos empregados.
Propostas que o BB aceitou discutir
Economus: o banco abriu a possibilidade de debater problemas específicos de saúde e previdência para os incorporados.
Saúde: propôs organizar mesas específicas para avançar rapidamente nos debates sobre segurança e saúde do trabalhador, teletrabalho, escritórios digitais, entre outros.
Sistema de pontuação por mérito: o banco estabeleceu que os funcionários cedidos ou requisitados para órgãos governamentais poderão ser beneficiados pela pontuação.
Homologações das rescisões de contrato de trabalhos nos sindicatos: o banco afirmou que está disposto a retomar as homologações nos sindicatos.
Verba de Caráter Pessoal (VCP): o banco irá ampliar o tempo de pagamento.
Tabela de Pontuação Individual do Participante (PIP) da Previ: o banco irá atualizar a tabela.
Funcionários que fizeram concurso específico para a área de TI e que ainda não tomaram posse: o banco estudará a regularização da situação.
O Banco do Brasil também abriu a possibilidade de assinar o pré-acordo para manter a ultratividade da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e de manter a validade da convenção para todos os funcionários, o que foi negado na primeira reunião com a Fenaban.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região esses temas que o banco aceitou negociar são paliativos frente aos reais problemas que imperam hoje dentro do Banco do Brasil: salários rebaixados, assédio moral institucionalizado, números alarmantes de funcionários adoecidos e diminuição de seu papel social para o País.