No dia 11, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região paralisou até o meio-dia a agência do Bradesco da avenida Nações Unidas para protestar contra a demissão injustificada de uma bancária que trabalhava na instituição há 12 anos e tinha histórico de doença ocupacional. Os diretores da entidade fizeram uma reunião com os bancários e usaram o caminhão de som para denunciar as injustiças do banco.
O Bradesco, com o primeiro programa de demissão voluntária (PDV) de sua história, promovido no ano passado, é o atual campeão brasileiro em demissões. Foram 9.985 postos de trabalho fechados em 2017. O resultado disso é o aumento da sobrecarga de trabalho e o consequente adoecimento daqueles que se mantêm no emprego. A situação é agravada pelo excesso de cobrança de metas inatingíveis [leia mais abaixo]. Uma afronta!
O Sindicato intensificará as visitas às agências do Bradesco para combater tanto assédio. Além disso, já colocou o departamento jurídico à disposição da bancária demitida para ajuizar uma ação de reintegração com base em seu histórico de saúde.
Meta de hora em hora
Assim como um cuco, que de hora em hora surge gritando, o Bradesco tem obrigado seus funcionários a fazer função semelhante: ligar de hora em hora para os bancários para cobrar a meta do dia. Essa cobrança constante ajuda a adoecer os bancários. O Sindicato fará uma reunião com a superintendência regional para coibir essa prática.
(Bancários na Luta nº 32)