A Frente Nacional de Oposição Bancária (FNOB) realizou nos dias 1 e 2 de junho, em Belém (PA), o seu XVI Encontro Nacional. O evento reuniu representantes dos três sindicatos de luta e independentes (o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região e os do Rio Grande do Norte e do Maranhão), além de representantes das oposições bancárias de vários estados.
O objetivo principal do encontro foi discutir e organizar a Campanha Salarial dos bancários, cuja data-base é em 1º de setembro. Vale lembrar que, com a reforma trabalhista, se uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) não for assinada até a data, o documento atual perderá sua validade.
Neste ano, as principais reivindicações são: a reposição das perdas salariais acumuladas nos bancos públicos e privados, o fim de todas as metas, a garantia de estabilidade no emprego, a incorporação automática de função após 10 anos de exercício, a defesa dos planos de saúde e das aposentadorias, novos concursos públicos e mais contratações nos bancos privados, além de melhores condições de trabalho.
Reforma trabalhista
Por conta da reforma trabalhista, novas cláusulas terão de ser incluídas na CCT dos bancários este ano: a volta das homologações nos sindicatos, a proibição das demissões em massa (em 2017, os bancos fecharam 16 mil postos de trabalho) e o reconhecimento das remunerações variáveis como verbas de natureza salarial.
Também por conta da reforma trabalhista, a campanha salarial será antecipada, com a entrega da pauta – que antes era feita em agosto – no dia 15 de junho. A expectativa é que, se necessário, a greve tenha início ainda em julho.
Assembleia
Para aprovar as pautas que serão entregues à Fenaban, ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal, o Sindicato realizará uma assembleia amanhã, dia 12, a partir das 18 horas.
Nessa assembleia, os bancários também vão desautorizar a Contraf/CUT a falar em nome do Sindicato.
CUT
A Contraf/CUT também está defendendo a antecipação da campanha salarial. No entanto, ela já começa mal: além do índice reivindicado (que provavelmente será a inflação do período mais 5% de “ganho real”), seu slogan de campanha será “Nenhum direito a menos”. Ou seja: pretendem lutar apenas pela manutenção dos direitos já existentes e por um índice de reajuste rebaixado, que ignora a lucratividade dos banqueiros.