O Dia Internacional do Trabalho, também conhecido como Dia dos Trabalhadores, é celebrado mundialmente em 1º de maio. Foi nessa data, no ano de 1886, que teve início uma greve geral nos Estados Unidos que terminou com quatro trabalhadores mortos em confronto com a polícia, mais cinco condenados à forca e dois condenados à prisão perpétua. Na ocasião, a principal reivindicação dos trabalhadores era a redução da jornada de trabalho de 13 horas para 8 horas.
É por esse motivo que o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/CSP-Conlutas sempre reafirmou: o Dia do Trabalho é dia de luta, não de festa!
E não é diferente na maioria dos países do mundo, onde, no 1º de Maio, trabalhadores saem às ruas empunhando bandeiras e faixas reivindicando melhores condições de vida.
No Brasil, infelizmente, durante muitos anos as duas maiores centrais sindicais (CUT e Força Sindical) usaram esse dia para fazer grandes festas, com farta distribuição de brindes, alienando os trabalhadores do real significado da data. Parece que a CUT só acordou do seu sono depois que o PT perdeu a Presidência do país…
Mas, deixando essa questão de lado, o Sindicato lembra que não faltam motivos para os brasileiros lutarem. As reformas de Michel Temer, principalmente a trabalhista, não estão surtindo efeito e o desemprego, por exemplo, segue praticamente no mesmo nível de quando Dilma Rousseff foi afastada: se em maio de 2016 a taxa de desemprego era de 11,2%, com 11,44 milhões de desempregados, em fevereiro deste ano a taxa era de 12,6%, com 13,121 milhões desempregados, segundo a PNAD Contínua, do IBGE. E pensar que, para aprovar a reforma trabalhista, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles chegou a dizer que ela geraria 6 milhões de empregos…
Enfim, a luta pelo emprego é das mais urgentes. Afinal, se não há trabalho, não há trabalhadores. À luta contra as reformas de Temer!
O Sindicato defende que o 1º de Maio sirva para reafirmar a independência dos trabalhadores diante dos patrões e que ao menos nesse dia a população explorada e oprimida possa ter sua voz ampliada por direções sindicais sérias e combativas.
(Bancários na Luta nº 26)