O que parecia ser uma “cortesia” da direção do Santander aos gerentes de Pessoas Jurídicas acabou se tornando uma dor de cabeça para eles. O banco passou a fornecer pacotes de telefonia e internet gratuitos a esses gerentes, mas o que eles não esperavam é que, com essa medida, o Santander passasse a cobrar que ficassem à disposição dos clientes até mesmo fora do horário comercial. Ou seja: uma “pegadinha” para os bancários!
Agravantes
A internet “gratuita” ainda veio acompanhada da criação de um novo aplicativo interno, o Santander Now, que veicula conteúdos como cursos e treinamentos – o que também resulta em novas obrigações para além da jornada de trabalho.
Pior ainda: os já sobrecarregados bancários do Santander começaram a ser avaliados pelos clientes a cada atendimento, através do Net Promoter Score (NPS). Com esse novo mecanismo, o banco pretende monitorar a proximidade dos gerentes com os clientes.
A sobrecarga do pessoal do Santander pode ser medida pelo aumento do número de clientes por funcionário, que subiu de 782 para 836 em apenas um ano. Isso evidencia como é difícil é fazer um curso no horário de trabalho.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região vai acompanhar se essas novas ferramentas não estão resultando no descumprimento da convenção coletiva e do acordo do Santander, que proíbem o trabalho remoto sem pagamento de hora extra.
(Bancários na Luta nº 26)