O Santander irá encerrar as atividades da agência de Presidente Alves, no dia 9 de dezembro. A maior parte dos funcionários já foi demitida. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realizou um protesto contra a situação, no dia 29 de novembro. Na ocasião, apenas um funcionário atendia o público e fazia todo o serviço.
Ao ter ciência da manifestação, a direção do banco “emprestou” funcionários de outra cidade para ajudar o único trabalhador que restou na agência. Com o fechamento, ele será realocado para Pirajuí. A distância entre as cidades é de 17,8 km, trajeto de aproximadamente 16 minutos. Os terceirizados, que já possuem contratos mais precarizados, serão simplesmente descartados.
Com o fechamento, os clientes também terão que se deslocar até Pirajuí para conseguir atendimento e realizar operações bancárias. Embora a cidade faça divisa com o município de Avaí, não há uma agência do Santander por lá. Além de prejudicar principalmente o público idoso, a medida também enfraquece a economia local e afeta os comerciantes, que aproveitam o movimento do banco na região.
Para o Sindicato, o fechamento reforça o abandono do Santander em relação às cidades menores, como Presidente Alves, que possui 4.080 habitantes. Ao invés de expandir sua estrutura por todo o Brasil, o banco tem optado por uma política excludente e de desmonte, ignorando as necessidades dos clientes, ceifando empregos e investindo exclusivamente no digital.
Precarização
Em doze meses, foram fechadas 380 lojas e pontos de atendimento do Santander em todo o país. Apesar de não informar em seu último balanço o número de agências físicas, de acordo com o Banco Central, em setembro de 2022 a instituição possuía 2.459 agências enquanto que, em setembro de 2023, havia 2.537 unidades, ou seja, uma redução de 78 agências em um ano.
Também em um ano, houve redução no número de funcionários. Em junho de 2023, o quadro era de 55.171 trabalhadores. Já neste ano, o número caiu para 55.091, uma redução de 80 postos de trabalho.
O Santander, que apresenta lucros bilionários ano após ano, deveria prezar pelo compromisso social e pela manutenção dos postos de trabalho, em vez de priorizar apenas a maximização de seus lucros, aumentando a precarização.