Matéria atualizada em 6/5
Um vigilante que trabalhava no Banco do Brasil localizado na Praça Rui Barbosa, em Bauru, foi baleado na nuca por um adolescente de 16 anos, no dia 2. O caso ocorreu no final do expediente da agência, perto das 16 horas. Imagens do circuito interno do banco mostram que o agressor passa ao lado do vigilante, que estava perto da porta giratória, e saca sua arma, atirando contra o vidro da unidade e contra o trabalhador.
Ferido, ele cai de bruços no chão, enquanto outros três vigilantes tentam conter o adolescente. A ação rápida dos trabalhadores conseguiu impedir novos disparos. O agressor foi encaminhado ao Plantão da Polícia Civil.
Quadro de saúde
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região foi informado que Samuel da Silva, vigilante atingido pelo disparo, foi encaminhado consciente ao Posto de Saúde Central. Samuel recebeu alta no dia 3, com o projétil alojado na nuca.
Emissão de CAT
A entidade já cobrou do banco a emissão de CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho – para a vítima e demais funcionários da agência. A pedido do Sindicato, a unidade permaneceu fechada no dia seguinte ao caso.
De acordo com o Banco do Brasil, na segunda-feira (6), uma psicóloga estará no local para atender os empregados e acompanhar o retorno ao expediente. O Sindicato segue acompanhando o processo e cobrará, tanto do BB quanto da empresa terceirizada responsável pelo contrato do trabalhador, apoio integral e respeito aos direitos da vítima.
Segurança
A situação ocorrida na agência Rui Barbosa comprova, ainda mais, a importância fundamental da presença de vigilantes e porta giratória em todos os bancos. Sem o serviço desses trabalhadores e de dispositivos de segurança nas agências bancárias, a integridade física de funcionários, clientes e usuários é drasticamente comprometida, podendo resultar em assaltos, agressões e mortes.
“Empatia”, desde que não atrapalhe os negócios
Apesar do BB ter concordado com a solicitação do Sindicato em fechar a agência no dia seguinte ao ocorrido, a “empatia” da instituição foi seletiva. Isso porque os funcionários da PSO, que atuam como caixas na agência, não tiveram o mesmo tratamento que os demais e foram obrigados a trabalhar em outras unidades.
O impedimento comprova o que o Sindicato afirma há tempos: o serviço de caixa é indispensável e faltam funcionários para suprir toda demanda.