Em dezembro, o Itaú comprou à vista o prédio mais caro do Brasil, o Edifício Faria Lima 3500, onde fica o Itaú BBA, em São Paulo. O prédio foi adquirido por R$ 1.458.870.160,00. A aquisição representa o maior valor de venda de um ativo único no país.
O edifício foi construído especificamente para o banco, na avenida Faria Lima, maior centro financeiro do país. O Itaú sempre foi o único inquilino e tomou posse do imóvel após o contrato de dez anos de aluguel vencer. A área privativa total do imóvel do Itaú BBA é de 22.786 metros quadrados, com garagem e seis andares de escritórios. Pela transação, cada metro quadrado vale cerca de R$ 64 mil.
Título de dívida
No último dia 2, o banco anunciou que emitiu R$ 1 bilhão em letras financeiras – título de dívida que possui rentabilidade acima da média dentre os papéis de renda fixa. Os recursos captados na emissão serão destinados ao reembolso de custos e despesas diretamente relacionados à aquisição de empreendimento imobiliário.
Do total das letras, R$ 530 milhões têm vencimento em fevereiro de 2034 e R$ 470 milhões, em fevereiro de 2039. Conforme o comunicado da instituição, elas possuem opção de recompra a partir de 2029 e 2034, respectivamente, e se sujeitam à prévia autorização do Banco Central do Brasil.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, um banco que alcançou lucro líquido gerencial recorrente de R$ 9,040 bilhões no terceiro trimestre de 2023; comprou o prédio mais caro do Brasil à vista; e gastou milhões com campanhas publicitárias com astros internacionais, não tem qualquer justificativa plausível para reduzir seu quadro de funcionários e o número de agências.
Somente em 12 meses, o banco fechou 307 unidades. No terceiro trimestre de 2022, o Itaú totalizava 3.816 unidades (entre agências e PABs). Já no mesmo período de 2023, o número foi reduzido a 3.509.