A Caixa Federal apresentou uma nova proposta referente ao acordo coletivo específico do Saúde Caixa. De acordo com a proposta apresentada à Contraf-CUT, no dia 22, a mensalidade/contribuição dos titulares de 3,5% sobre a remuneração base será mantida. Já a cobrança por dependente, sofrerá acréscimo, sendo R$ 132 o valor mínimo e R$ 480 o máximo. Com a mudança, o limite atual de 4,3% da remuneração será elevado a 7%, conforme o uso e a quantidade de dependentes. Diante desse critério, quanto menor for a remuneração do empregado, mais elevado, proporcionalmente, será o reajuste da cobrança mensal.
Segundo tabela divulgada pela Contraf (veja abaixo), um técnico bancário com remuneração de R$ 3.762 e um dependente, que paga hoje R$ 147, terá que pagar, após o reajuste, R$ 263,00, ou seja, 79,3% a mais. Para um gerente nacional com remuneração de R$ 37.580 e um dependente, a mensalidade de R$ 1.466 passará a R$ 1.795, reajuste de 22,5%.
Outros pontos
A décima terceira mensalidade, já presente no atual acordo, será mantida. Em relação ao teto estatutário do banco de 6,5% no custeio do plano, também não houve mudanças. A Caixa apenas se comprometeu a garantir novas negociações caso haja déficits e alteração no teto.
Sobre a discriminação sofrida pelos concursados admitidos a partir de 1º de setembro de 2018, que não possuem mais direito ao Saúde Caixa quando aposentarem, também não houve qualquer tipo de discussão.
Gipes e Repes
A CEF declarou que em 2024, irá retornar os Comitês Regionais de Credenciamento e Descredenciamento, com participação dos sindicatos, e recriar as Gerências de Filial de Gestão de Pessoas (Gipes). De acordo com o banco, inicialmente serão cinco gerências, abrangendo diversos estados dentro de uma região. Além disso, serão recriadas as Repes, representações regionais vinculadas às Gipes, que atenderão os estados.
Assembleia virtual
Logo após a negociação ser finalizada, a Contraf-CUT orientou a aceitação da proposta. A previsão é de que a Confederação realize uma assembleia virtual no dia 5 de dezembro. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região é contra a aprovação dessa proposta rebaixada e não concorda com a realização de assembleia virtual, pois a modalidade impossibilita a oposição de demonstrar os pontos negativos do que foi oferecido.
Para a entidade, a direção da Caixa enrolou, por quase seis meses, o movimento sindical, os empregados e aposentados, para, enfim, apresentar um acordo que irá onerar ainda mais os associados. Inaceitável!