O Banco Mercantil alcançou lucro recorde de R$ 271 milhões nos primeiros nove meses de 2023. No último trimestre, o lucro líquido foi de R$ 102 milhões, o que representa alta de 155% frente aos R$ 40 milhões do mesmo período no ano passado.

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE), também atingiu um patamar recorde de 25%. No ano passado, o indicador estava em 15,3%, já no trimestre anterior, 21,2%. De acordo com Gustavo Araújo, CEO do banco, o crescimento desse indicador – um dos maiores do setor bancário – e do lucro são fruto do avanço da base de clientes. No período, houve crescimento de 34% da base de clientes, atingindo 7,7 milhões.

Os ativos do banco cresceram 23,4% em relação a setembro de 2022 e 3,3% no trimestre, chegando a quase R$ 17,7 bilhões. O patrimônio líquido (capital próprio do banco) totalizou R$ 1,5 bilhão, com alta de 17,6% em relação ao terceiro trimestre de 2022. A carteira de crédito, que representa 75,4% do total dos ativos do banco, atingiu R$ 13,3 bilhões, com crescimento de 29,0% em doze meses.

Menos de 3 mil funcionários

Mesmo com o avanço da base de clientes, o Mercantil finalizou o 3º trimestre de 2023 com apenas 2.958 funcionários. Em doze meses, houve abertura de 133 postos de trabalho. Em relação às unidades de atendimento, foram fechadas 29 agências. Com isso, restaram apenas duas unidades. Ao todo, o banco conta com 296 postos de atendimento, destes, 32 foram abertos no terceiro trimestre.

Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, o Mercantil é, atualmente, um dos piores bancos para se trabalhar. Mesmo com uma carteira de clientes altamente considerável, a instituição insiste em ter um quadro reduzido de funcionários, causando sobrecarga de trabalho e adoecimento. Além disso, não valoriza seus profissionais, descartando aqueles que têm mais tempo de serviço ou de idade. Inaceitável!