Dando continuidade a série de manifestações em defesa do Saúde Caixa, empregados e aposentados da Caixa Econômica Federal de todo o país se reuniram na segunda-feira (30), para mais um ato. Desta vez, os manifestantes cobraram da direção do banco a retomada das negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Saúde Caixa, que tem validade até o final deste ano.
Em Bauru, o ato foi realizado na agência da Gustavo Maciel, onde fica a Superintendência Regional. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região e o representante da AGECEF/SP, Pedro Sérgio dos Santos Barbosa (Pepô), se reuniram com os empregados e aposentados para discutir a situação (veja foto abaixo).
O ACT atual define que a direção do banco arque com os 70% dos custos do plano de saúde. Contudo, o Estatuto impõe o teto de 6,5%, limitando os gastos da Caixa e impedindo o modelo de custeio 70/30 (70% de responsabilidade do banco e 30% dos empregados) definido no acordo. Desta maneira, as despesas que excedem os 6,5% são transferidas aos empregados, que acabam pagando mais do que os 30% definidos no acordo com o banco.
Por enquanto, isso estava sendo coberto pelo fundo de reserva do plano, mas as projeções mostram que isso não será mais possível a curto prazo. As projeções realizadas pela Caixa apontam que o aumento médio das mensalidades dos empregados seria de 85% em 2024 e 107% em 2025. O valor da mensalidade comprometeria a renda dos beneficiados drasticamente e a permanência no plano ficaria insustentável.
O Sindicato seguirá lutando pela retirada do teto de 6,5% e pelo direito ao plano de saúde a todos os empregados da ativa e aposentados. Os princípios da solidariedade e do pacto intergeracional – instituídos desde a criação do plano – precisam ser respeitados!