No final de setembro, dia 28, o Brasil e, principalmente a categoria bancária, foram impactados por uma tragédia anunciada. Uma funcionária do Itaú de Poá, na Grande São Paulo, morreu após ser baleada, durante uma tentativa de assalto ao banco.
De acordo com informações da Polícia Civil, um homem entrou na agência como se fosse um cliente, pouco antes das 11h, subiu para a parte de cima do prédio, tomou a arma de um vigilante e começou a subtrair numerários. Logo em seguida, com a chegada da Polícia Militar, o suspeito usou a bancária como escudo e houve troca de tiros, resultando na morte da funcionária e do assaltante. Uma outra funcionária ficou ferida após levar uma coronhada do criminoso.
A vítima, Aline Souza Lira, de 34 anos, trabalhava há 15 anos no banco e atuava como gerente de atendimento ao cliente desde 2021. Ela era graduada em Letras e Pedagogia. Segundo testemunhas, Aline tentou acalmar os funcionários da agência durante o assalto.
O homem era David Ponciano Alves, de 27 anos. Ele já havia sido preso por roubo. A Polícia Civil apreendeu as armas dos policiais militares e a pistola usada pelo suspeito para que seja realizado o exame balístico. Segundo a polícia, este exame irá esclarecer quais armas saíram os disparos e quais atingiram a bancária e o suspeito.
Em nota de pesar, o Itaú lamentou o falecimento da colaboradora e afirmou que “apoiará a família em todas as suas necessidades neste momento tão difícil”.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região lamenta profundamente a morte da colega Aline Souza Lira. Infelizmente, o caso é uma tragédia anunciada, já que o Itaú tem reduzido drasticamente a segurança nas agências de todo o país, ao retirar portas giratórias e diminuir o número de vigilantes responsáveis pela proteção à integridade dos funcionários, clientes e usuários das unidades.
Funcionários não são escudos, Itaú! Respeite nossa vida!