A Caixa Econômica Federal apresentou ao movimento sindical, no dia 28 de setembro, uma proposta para retomar as designações de funções de caixa e tesoureiro. A proposta foi apresentada durante nova rodada de negociação da mesa permanente.
O banco propôs negociação adicional de quebra de caixa somente para aqueles que não recebiam gratificação da função. Além disso, ofereceu a possibilidade de acordos via Comissões de Conciliação (CCV/CCP) àqueles que não têm ação na justiça cobrando o pagamento da quebra de caixa.
Já especificadamente para os tesoureiros, a instituição propõe migração automática da jornada de 8 horas para 6 horas, com redução proporcional salarial, além da possibilidade de acordos nas CCV/CCP. Imediatamente após a apresentação da proposta, o movimento sindical rejeitou a migração compulsória.
O movimento sindical solicitou ao banco um compilado de dados sobre o tema, como: quantos empregados tem função de caixa efetivo, assim como de tesoureiro; quantos estão designados por prazo; quantos exercem a atividade minuto; se em tempo integral, ou parcial.
Hipótese
Os representantes dos trabalhadores também cobraram que, caso a proposta avance, os empregados que exercem a atividade minuto, ou têm designação por prazo, sejam efetivados sem necessidade de PSI (Processo de Seleção Interna). Isso porque eles já fazem o trabalho, sendo assim, o processo de seleção se torna desnecessário.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a proposta é imoral e vai na contramão do que a presidente do banco, Rita Serrano, promete desde o início de sua gestão. Uma governança humanizada não tem redução salarial, prejuízos em ações judiciais e retirada de direitos.
Em um vídeo sobre o tema no canal do Sindicato no Youtube (veja aqui), Alexandre Morales, diretor da entidade e bancário da CEF, afirmou que Serrano foi questionada sobre a situação das funções por minuto, durante encontro em Araraquara, no último dia 22. No entanto, a presidente desconversou e respondeu que, em breve, as medidas em relação ao caso seriam expostas. “Ela não quis anunciar o que era. Já prevíamos que não era coisa boa, porque quando é coisa boa, a própria pessoa faz questão de anunciar”, analisou.
O diretor também ressaltou que a reivindicação por isonomia – igualdade de remuneração para cargos de atribuições iguais ou semelhantes – é uma bandeira histórica do Sindicato e não será deixada de lado no caso dos caixas e tesoureiros.