Um dia após voltar de licença médica, bancário é demitido pelo Bradesco sem qualquer justificativa. O caso ocorreu na agência da Ezequiel Ramos, em Bauru. Para protestar contra essa demissão injusta, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realizou, nesta quarta-feira (19), um ato em frente à agência onde o bancário trabalhava, no Centro da cidade.
O bancário estava na instituição há 12 anos e precisou se afastar do trabalho após fraturar o pé. Menos de dois meses depois, foi considerado apto pelo médico do banco para retornar à sua função, porém ainda não havia recebido o resultado da perícia do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Mesmo assim, ele voltou a trabalhar e, no dia seguinte ao seu retorno, foi descartado pelo banco.
Desprezo e desvalorização
Infelizmente, a prática de demitir funcionários que precisaram se ausentar do trabalho para cuidar da saúde (mental ou física) é comum dentro do Bradesco. Mulheres que acabaram de voltar da licença-maternidade, trabalhadores com transtornos mentais relacionados ao trabalho e até mesmo aqueles que adoeceram de Covid-19 na pandemia, são alguns exemplos.
Mesmo a licença médica sendo um direito de todo trabalhador brasileiro registrado em regime celetista, o banco pune, através da demissão, aqueles que se afastaram. A atitude demonstra o desprezo e distanciamento do banco em relação a saúde e bem-estar dos funcionários, além de comprovar que a busca por lucratividade está acima de todos.
O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região já conquistou diversas reintegrações de trabalhadores que adoeceram – na maioria das vezes em razão das condições de trabalho impostas pelo banco – e perderam o emprego logo depois de retornarem às atividades.
A entidade já está oferecendo apoio jurídico ao trabalhador demitido na última semana. Nesse caso, para o Sindicato, o Bradesco demonstrou, mais uma vez, sua extrema capacidade de desvalorizar um trabalhador que por mais de uma década se dedicou e contribuiu para o crescimento do banco. A instituição nem bem esperou a alta médica do INSS para demitir o bancário. Inaceitável!