Na terça-feira passada (9), o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região retornou ao Bradesco da rua Ezequiel Ramos para mais um dia de protesto, após “pipocarem” reclamações dos clientes sobre os problemas da agência.
No dia anterior, a entidade havia montado na agência um “balcão de reclamações” a fim de ouvir a opinião dos clientes e usuários em relação ao atendimento da unidade. Como já era previsto, a insatisfação foi unânime e, por conta disso, o Sindicato realizou uma nova manifestação.
Em alusão à quantidade de queixas, o Sindicato distribuiu pipoca aos clientes que aguardavam atendimento. Além disso, coletou novas reclamações. “Pleno 5º dia útil e todos os caixas eletrônicos estão fora de operação”, diz uma delas. Outro cliente, afirmou que “falta empatia” do banco diante do tempo de espera nas filas, que tem ultrapassado os 40 minutos.
Lucro
Enquanto os clientes sofrem com essa situação e os bancários ficam cada vez mais sobrecarregados, o Bradesco segue aumentando seu lucro bilionário. O banco obteve lucro líquido recorrente de R$ 4,280 bilhões no 1º trimestre deste ano, crescimento de 168,3% se comparado ao trimestre anterior.
Em relação ao mesmo período de 2022, o lucro obtido corresponde a uma queda de 37,3%. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Anualizado (ROAE) ficou em 10,6%, com queda de 7,4 p.p em doze meses. As provisões de liquidação duvidosa (PDD) tiveram aumento de 42,7%, totalizando R$ 9,7 bilhões.
As operações com pessoas físicas cresceram 10,2% em doze meses, chegando a R$ 365,3 bilhões, com crescimento em todas as linhas e destaque para o cartão de crédito (+22,4%); crédito imobiliário (+9,5%) e crédito pessoal (+8,9%). O crédito para pessoa jurídica cresceu 2,2% em doze meses, alcançando R$ 514,0 bilhões. Destaque para o crédito imobiliário (+20,8%); crédito rural (+18,5%) e cdc/leasing (+13,5%).
Demissões
O Bradesco começou 2023 com 86.212 empregados, com queda de 1.276 postos de trabalho em doze meses e de 2.169 postos fechados em relação ao trimestre anterior. Já o total de clientes do banco aumentou em 1,9 milhão, totalizando 76,7 milhões de clientes.
Para o Sindicato, não há como o banco oferecer aos clientes atendimento de qualidade e ágil se continuar insistindo em diminuir o quadro de funcionários em todas as agências do país. Basta de sobrecarga e demissões!