No último dia 26 de abril, um aposentado morreu na frente do Bradesco de Vitoria da Conquista, na Bahia, enquanto esperava pelo atendimento no banco. O idoso de 79 anos buscava resolver problema referente ao seu benefício.
Apesar de ser uma fatalidade, o óbito é consequência direta do descaso do Bradesco e de outros grandes bancos, que não oferecem o mínimo de condições adequadas para atender este público de mais idade, forçando que eles fiquem de pé em filas intermináveis (muitas vezes até do lado de fora das agências), mesmo que grande parte dele possuam doenças e dificuldades de locomoção.
As filas ocorrem, em um primeiro momento, pela falta de bancários e pela diminuição constante no número de agências para dar conta de toda a demanda da população. Depois, pela própria diretriz do banco que impõe metas de autenticações nos caixas, em uma tentativa afobada de empurrar os clientes para o internet banking e o autoatendimento.
O problema é que, este público tem dificuldade para usar dispositivos eletrônicos e, apesar de serem clientes que pagam altas taxas para os bancos, não recebem o atendimento que merecem nesta fase avançada da vida.
Para o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, a ganância do Bradesco por aumentar seus lucros a qualquer preço tem um alto custo para a sociedade, principalmente os mais idosos. Dificultar o acesso dos clientes aos serviços do banco é ilegal e esta prática precisa ser interrompida imediatamente. Ou então, este tipo de notícia vai ficar cada vez mais comum.
Em Bauru não é diferente. No último dia 28 de abril, o Sindicato esteve na agência da Rua Ezequiel Ramos, no centro de Bauru, para denunciar que o problema das grandes filas e da sobrecarga de trabalho para os bancários está cada dia mais frequente e insuportável, como é possível ver na foto e no vídeo: https://youtu.be/hn1eilmc8O8